segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Manifestos políticos e suas promessas




As eleições representam na sua essência um momento ímpar de exercício da verdadeira cidadania num Estado de Direito.
Uma eleição é todo o processo pelo qual um grupo ou partido político designa um ou mais de um de seus integrantes para ocupar um cargo por meio de votação. Na democracia representativa, é o processo que consiste na escolha de determinados indivíduos para exercerem o poder soberano, concedido pelo povo através do voto, devendo estes, assim, exercerem o papel de representantes dos interesses da colectividade.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

REPUBLICANDO (Mia Couto)

Intervenção na Gala da STV para a atribuição do galardão do “Melhor de Moçambique”
 
"Pensei bastante se estaria ou não presente nesta cerimónia. A razão para essa dúvida era a seguinte: há três dias a minha família foi alvo de várias e insistentes ameaças de morte. Essas ameaças persistiram e trouxeram para toda a nossa família um clima de medo e insegurança. A intenção foi-se revelando clara, depois de muitos telefonemas anónimos: a extorsão de dinheiro. A mesma criminosa ameaça, soubemos depois, já bateu à porta de muitos cidadãos de Maputo.
Poderíamos pensar que essas intimidações se reproduzem a tal escala que acabam por se desacreditar. Mas não é possível desvalorizar este fenómeno. Porque ele sucede num momento em que, na capital do país, pessoas são raptadas a um ritmo que não pára de crescer. Esses crimes reforçam um sentimento de desamparo e desprotecção como nunca tivemos nos últimos vinte anos da nossa história.

Esses que são raptados não são os outros, são moçambicanos como qualquer outro cidadão. De cada vez que um moçambicano é raptado, é Moçambique inteiro que é raptado. E de todas as vezes, há uma parte da nossa casa que deixa de ser nossa e vai ficando nas mãos do crime. Neste confronto com forças sem rosto nem nome, todos perdemos confiança em nós mesmos, e Moçambique perde a credibilidade dos outros.
Esses sequestros estão nos cercando por dentro como se houvesse uma outra guerra civil, uma guerra que cria tanta instabilidade como uma qualquer outra acção militar, qualquer outra acção terrorista.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Outubro, um mês para esquecer

Calendário

Este artigo surge a propósito dos últimos acontecimentos que tem assolado o país nos últimos dias e em particular num mês que nunca foi de alguns episódios que caracterizaram o mês.
O mês de Outubro é conhecido como o mês da Paz, pelo facto de a 4 de Outubro de 1992 ter-se assinado o Acordo Geral de Paz entre o Governo e a RENAMO, pelo dia 12 que é o dia dos Professores e ainda no mesmo mês, lembra-se a morte do Presidente Samora Machel, falecido a 19 de Outubro.
Porém, alguns factos assombraram este ano o mês de Outubro, a começar pelo agudizar da tensão político-militar em Gorongosa, quando no dia 21 de Outubro registou-se o assalto à base da RENAMO em Santudgira pelas Forças Armadas de Defesa de Moçambique que desalojaram por completo o líder da RENAMO e os seus acólitos. Este acto só foi o transbordar do copo de uma tensão que já vinha há algum tempo desde a retirada do líder da RENAMO de Maputo para Nampula e consequente retirada para Serra da Gorongosa onde ficou aquartelado mais de um ano até ao seu desaparecimento, e adiante verificaram-se alguns ataques contra civis e uma onda de sabotagem que poderá culminar em pilhagem de bens alheios se a situação não for rapidamente resolvida.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Estética vs Publicidades na Cidade de Maputo


Trago para este espaço um assunto que está presente diariamente na vida de cada citadino dessa capital, mesmo levando uma vida corrida que é típica de uma capital. Quero abordar a questão das publicidades que estão presentes no quotidiano do cidadão urbano, e mesmo de alguma forma corriqueira no imaginário do indivíduo do meio rural. Publicidade esta que tem sido feita de forma desordenada retirando desta feita a estética de uma cidade que ostenta o valor da capital.

A publicidade exposta na cidade de Maputo tem como foco a instrumentalização de quem a absorva tendo em conta a característica instantânea de transmissão de mensagem da imagem, pode-se afirmar que a publicidade (visual) impõem-se perante o seu consumidor, sem permitir a este a opção de consumo dessa mensagem, e assim, a formação de imaginário. O Publicitário coloca-se como um formador de opinião e de comportamento, com poderes equivalentes ao de uma autoridade pública, a partir de um posicionamento privado, no espaço público.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Não há duas sem três!

Escrevo este pequeno texto alusivo ao campeonato Africano de Basquetebol em que o Basquetebol feminino ficou como a segunda melhor selecção de África. Foi sem dúvidas, uma verdadeira celebração da nossa moçambicanidade que nos foi brindada com sete vitórias consecutivas num país onde o desporto rei que é o futebol não nos habitou a trazer alegrias desta envergadura.

Foi um momento de grande júbilo e recordação que ficará para sempre na memória dos Moçambicanos e das jogadoras em particular pelo facto de nos termos qualificado ao Mundial da Turquia em 2014. Já tínhamos acolhido dois campeonatos Africanos no país, em 1986 e 2003, tendo chegado à final não vencemos e não conseguimos fazer valer o provérbio: “Da terceira é de vez”.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Os Shows das elites



O assunto que trago neste artigo vai de certeza merecer diferentes interpretações, mas o mesmo não deixa de ser relevante. Temos assistido nos últimos anos uma grande tendência de realização de concertos de grande gabarito no nosso país no geral, e na capital, Cidade de Maputo em particular.

O normal seria se esses concertos fossem realmente para alegrar o cidadão comum e que os mesmos combinassem com o seu bolso. A análise aqui feita incide em algum momento nos concertos que tem estado a ser realizados na capital do país neste mês de Setembro. Os mesmos estão furos acima dos bolsos dos moçambicanos, chegando a custar mais que um salário mínimo, caso concreto o show do Djavan no qual um bilhete custara 4000 Meticais, casos semelhantes podem se referir ao show do Earl Klugh em que o valor inicial de ingresso custara nada mais e nada menos que 2000 Meticais e para não falar do Show do grupo U40 em que um dos preços chegara até 1.500 Meticais. São apenas exemplos que trago, mas já existiram e poderão existir tantos outros shows semelhantes.

sábado, 21 de setembro de 2013

MEDIA E COBERTURA ELEITORAL EM MOÇAMBIQUE


Decorreu na quinta-feira (19 de Setembro) na Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane um seminário organizado pelo Centro de Estudos Interdisciplinares de Comunicação (CEC) em parceria com a FLCS que visava discutir os contornos do processo eleitoral em Moçambique com especial enfoque na cobertura eleitoral durante a fase da campanha.

O seminário centrou-se em torno de dois temas painéis e contou com quatro oradores. O primeiro painel relacionava-se com o tema Media e cobertura eleitoral: experiências e práticas em democracias consolidadas que foi proferido pela Drª Isabel Ferin Cunha que é Professora de Media e Jornalismo na Universidade de Coimbra, Pesquisadora do Centro de Investigação Media e Jornalismo da Universidade Nova e Lisboa e Membro do Conselho Científico do CEC. 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

A juventude e os feriados

O assunto que trago neste artigo pode não constituir alguma novidade, uma vez que o mesmo já mereceu uma abordagem nalguns círculos de comunicação social, mas não de forma categórica.
Segundo o dicionário Aulete, um feriado pode ser entendido como dia ou período em que se suspende o trabalho, os estudos ou as actividades, e este pode ser comemorado por uma nação, comunidade, religião, grupo étnico ou classe trabalhista.

É do conhecimento de todos que o nosso país é brindado por inúmeros feriados ao longo dos 12 meses que constituem o ano, desde feriados de âmbito nacional ligados a questões históricas e não só, e feriados de âmbito internacional ligados a lutas em prol de defesa ou gozo de um direito ou mesmo de uma causa. No nosso calendário destacam-se feriados em quase todos os meses.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Quando a noite se torna numa insegurança




O assunto que trago neste artigo já vem sendo tema de debates em vários círculos na nossa sociedade, em particular na província de Maputo e mais concretamente nos bairros periféricos da Matola e da Cidade de Maputo. O cenário que a população tem estado a passar nos últimos dias é de um medo e clima de tensão generalizado.
        Muito pode se levantar sobre o assunto da criminalidade que não é novo, porém ganhou proporções alarmantes nos últimos dias, pretendo aqui trazer alguns pontos que penso serem importantes para uma reflexão do ambiente de tensão e medo e este artigo é apenas um ponto de partida abrindo espaço para várias outras análises.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Um diálogo de vaivém

Muitos comentários podem ser feitos em torno desse diálogo que já vai na sua décima segunda ronda, tem surgido novidades a cada ronda umas de relevância e outras nem por isso. Não pretendo neste artigo discutir as agendas do diálogo que assistimos a cada segunda-feira, mas sim trazer alguns pontos que tem merecido a minha análise e por vezes me tem criado algumas duvidas e incertezas desde que estas rondas começaram.
O primeiro aspecto tem a ver com as diferentes designações que tem se atribuído a estas rondas, onde alguns analistas e até órgãos de comunicação social ousam em chamar de diálogo político entre o Governo e a RENAMO e outros as chamam de negociações entre o Governo e a RENAMO. Eu percebo em relação a este ponto que se estamos numa ronda a dialogar ou a negociar o fim desejável é o alcance de pontos de equilíbrio, e está claro que o fim último dessas rondas é o alcance de consensos entre as delegações.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

A geração “3 cem”

Gostava antes de esclarecer que não quero com este artigo diabolizar quem consome álcool, muitos menos fazer uma campanha de sensibilização para que se pare com o consumo de álcool, aliás esse é um pedido longe de colher consensos.
O título supracitado acredito que os leitores já devem ter visto escrito em alguns estabelecimentos comerciais com alguma regularidade. Estou a falar da recente promoção de cerveja nacional e não só, que tem sido vendida na capital do país a preço quase de convidar todas as classes sociais a enveredar pelo mundo dos “bêbados”. Este preço vem de certa forma consubstanciar os vários comentários que tem sido feitos em relação aos jovens que recebem nomes como: bêbados, distraídos, desocupados, despreocupados, apáticos com as questões que preocupam a nação moçambicana.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

O recenseamento eleitoral arrancou em “contra-mão”

Este artigo surge na sequência do início do processo de recenseamento que arrancou no sábado (25) e que terá o seu término no dia 23 de Julho do corrente ano.
O recenseamento representa um importante momento que antecede a realização das eleições propriamente ditas, e as legislativas que já estão marcadas para o dia 20 de Novembro de 2013. Este acto representa um crucial passo, pois só será através do mesmo que de forma consciente e individual iremos escolher aqueles que pretendemos que sejam os condutores e representantes dos nossos anseios por um mandato de cinco anos.
Todos os cidadãos são responsáveis politicamente pelas suas escolhas e pelo tipo de políticos que escolhem, pois como diz um grande ditado: “cada sociedade têm os políticos que merece”. Para que isto realmente se efective e espelhe as nossas vontades temos que ir votar, afinal de contas este é um acto constitucional e democrático.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Ainda sobre a greve dos médicos



Quando escrevi um artigo para este jornal na semana passado sobre o que eu pensava acerca da onda das greves que tem se feito sentir no nosso país, talvez eu não imaginasse a real repercussão destes movimentos, em particular no caso em epígrafe.

Contudo, este artigo não pretende dar razão aos sem razão, ou julgar e condenar quem quer que seja, muito menos dar explicações económicas ou da legalidade da greve como tem sido feito em diferentes canais de opinião pública.
Quero apenas levantar alguns pontos que penso serem relevantes reflectir sobre eles quando falamos desta greve.  Refiro-me primeiro ao facto de estarmos diante de dois direitos constitucionalmente plasmados que me parecem estarem em conflito, falo do direito a manifestação e do direito a vida ou a assistência sanitária, e por via disso penso que em primeiro ponto deve-se respeitar aquele que é o direito mais fundamental de qualquer ser humano, seja ele médico, polícia, professor, estudante, etc., afinal de contas só saudável posso reivindicar qualquer que seja o meu direito.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Greve não pode virar “moda”

Antes de entrar no cerne deste artigo, é preciso salientar que a greve ou reunião é um direito constitucional preconizado na nossa lei mãe no seu artigo 51: “Todos os cidadãos têm direito à liberdade de reunião e manifestação nos termos da lei.”
      A greve pode ser entendida como a cessação colectiva e voluntaria do trabalho realizado por trabalhadores como o propósito de obter benefícios, como aumento de salário, melhoria de condições de trabalho ou para evitar a perda de benefícios.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Não às interpretações dúbias sobre o Acordo Geral de Paz


Volvidos 21 anos após a assinatura dos Acordos Gerais de Paz, nos deparamos com o levantamento de alguns aspectos atinentes a este acordo.

Não quero em nenhum momento com este artigo fazer a análise ou a leitura jurídica desta lei, pois este é o trabalho que pertence a outras entidades e não sou em nenhum momento capaz de fazer isto, apenas quero expressar a minha opinião acerca de algumas análises contraditórias que tem sido feitas sobre a mesma. A Paz não deve ser entendida apenas como o calar das armas, deve ser vista numa dimensão económica, social e religiosa, pois, a Paz é o bem mais precioso de toda a humanidade. O acordo Geral de Paz foi aprovado pela lei 13/92 de 14 de Outubro, este acordo significa a tradução da Paz a todos moçambicanos e foi assinado pelo Governo e a Renamo. 

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Viver “da” e “para” a política


O que suscita a publicação liga-se a aquilo que é o perfil dos políticos que tem se vindo a desenhar no cenário político moçambicano aliado a forma de fazer política tendo como fim último o benefício meramente individual.
    Max Weber fez a distinção de dois perfís de políticos, os que vivem da política e outros que vive para política. O político que vive da política não possui recursos materiais para a sua subsistência para além dos recursos providos da própria actividade política. Sua actuação pública se confunde com uma luta não apenas por ideais comuns ou interesses de classes, mas também pela conquista de meios de conseguir renda, o que de alguma forma prejudica a capacidade de distanciamento para a análise racional dos problemas de seu quotidiano enquanto profissional da política, e por sua vez o político que vive para a política representaria o tipo ideal no âmbito de atributos do político vocacionado, pois sua independência diante da remuneração própria da actividade política significa, também, uma independência de seus objectivos no decorrer da vida pública. Sua conduta pode estar voltada para a busca de prestígio, honra, ideais, ou até mesmo do “poder pelo poder”, mas não tomaria como prioridade a busca por recompensas financeiras em decorrência da profissão política, pois já disporia de recursos materiais suficientes.

A Escola como um rompimento com a Realidade



A Escola é um lugar que é visto como onde se baseiam os mais nobres e aceites valores que devem nortear o homem novo, ou seja, é onde se molda pela ciência e pela técnica o homem do amanha para se tornar o melhor o mundo no qual vivemos.

Este artigo não vê pra contrastar aquilo que é ou deve ser a Escola, mas sim surge para analisar a forma como a sociedade moçambicana olha a importância da Escola. Um encarregado de educação tem o dever de colocar o seu educando na Escola e dar-lhe condições necessárias para que este possa alcançar o sucesso, mas é exactamente este aspecto de se olhar apenas para Escola como a única forma de se poder descobrir o potencial humano, quem sabe se aquele educando tem alguns “dotes” da bola, da pintura, da música, da natação se apenas estamos preocupados em formar doutores em função daquilo que os pais e encarregados de educação desenharam como “tipo ideal” para os seus educandos.

Um olhar sobre os programas de descoberta de talentos


Este artigo surge em jeito de uma reflexão ao que tenho assistido a nível das nossas televisões no tocante ao entretenimento, cultura e educação.
Os nossos canais estão preocupados em grande medida promover a cultura num único sentido, que é a vertente musical, criando desta feita um grande défice as outras áreas. Verifica-se durante a semana uma grande disputa entre os grandes canais pela audiência nos horários entre as 16horas às 18horas, mas tudo numa vertente aliada à música. Esta onda vem conjugar-se a com uma grande divulgação de concursos de “caça de talentos da música”, e poucos ou quase inexistentes programas que promovam o incentivo a leitura, a escrita e bem como olimpíadas escolares.

Os programas de descoberta de talentos da música têm movido grandes massas e na sua maioria jovens, e é nestes ambientes que se devia aproveitar esta concentração para a divulgação de ensinamentos referentes à nossa historia, a nossa moçambicanidade, a prevenção do HIV-SIDA e ao cultivo da leitura que tem sido negligenciada pelos jovens actualmente.

     Programas como “Turma tudo bom” precisam-se mais em Moçambique, pois este país tem vários talentos e não só estão na música, pois a cultura deve ser aliada ao Ensino e a escola é melhor lugar para se forjar um homem culto que vai cuidar deste país amanhã.
O apelo à existência de mais programas de âmbito educativo alastra-se aos Ministérios da Educação e da Cultura, e aos promotores ou organizadores destes eventos para que diversifiquem os seus programas, porque de programas de descoberta de talentos de música o povo já esta cansado.
Mais, não disse.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Atentado à saúde pública e ao ambiente, lixeira de Hulene


Este artigo vem se juntar a outros apelos que tem surgido às autoridades competentes para que olhem para a situação actual da lixeira de Hulene na cidade de Maputo.

Esta lixeira já conta com vários anos de existência, e localiza-se a sete quilómetros do centro da cidade de Maputo e é o único destino para todo o lixo que a cidade produz. A quando da sua construção não se previa que a cidade crescesse tanto e que as famílias fossem se instalar próximo da lixeira, mas o que se verifica hoje é um autêntico caos, onde famílias vivem e convivem literalmente com o lixo.
Esta lixeira constitui um atentado à saúde pública devido a vários aspectos, desde a sua localização geográfica, a incineração do lixo ao ar livre, disposição desordenada do lixo e a falta de fiscalização e controle de camiões que depositam o lixo naquele lugar. 

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Redistribuição da Riqueza no País





Antes de entrar na essência deste artigo torna-se pertinente traçar algumas bases sobre o que é redistribuição de riqueza, este pressupõe a forma como a riqueza produzida dentro de um país num determinado tempo é alocada aos diferentes escalões da sociedade, de preferência os mais desfavorecidos através de edificação de infra-estruturas sociais e prestação de melhores serviços públicos

Um país pode ser muito rico e seus habitantes muito pobres, ou pode não ser tão rico e seus habitantes desfrutarem de um padrão de vida superior ao de um país que tenha uma renda elevada. O que determina essa diferença é o perfil da distribuição de renda, ou seja, como a riqueza total que é produzida num país se distribui entre os habitantes.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O perfil actual do nosso Estudante Universitário


Este texto surge na sequência de um assunto que tem sido debate nalguns círculos de opinião pública, principalmente a nível das academias.

Moçambique tem registado nos últimos uma grande massificação do Ensino Superior que aparece aliado à política e estratégia do governo nessa área da Educação, que afinal de contas é uma boa aposta, aposta esta que vem acompanhada também com um crescente número de universidades e institutos superiores quer sejam privados ou públicos.

Mas, o cerne o artigo tem a ver com aquele que é o perfil do estudante que tem estado a ser formado nestes estabelecimentos de ensino superior, pois é caso para dizer que uma boa camada dos Estudantes que frequentam a universidade hoje em dia não tem a dimensão do que significa ser um Estudante do Ensino Superior, falo isso com alguma mágoa, pois também sou um Estudante do Ensino superior.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Quando os muros das residências viram “Outdoors



É frequente ouvir muitas críticas endereçadas a actual gestão do Município da Cidade de Maputo, em questões como a fraca gestão dos resíduos sólidos e o deficiente estado das nossas estradas.

Trago neste artigo uma reflexão sobre mais um dos problemas na qual passa a cidade das Acácias. Não precisa ser nenhum profissional ou bom conhecedor na área de “Marketing” para ver que o que se passa ao longo da Avenida Acordos de Lusaka, concretamente onde inicia a curva para o “Shoprite Maputo” até antes da entrada a “Escola Noroeste 1“. É entre este espaço que acontece o grande jogo das publicidades. É possível ver diversos muros e paredes ostentando muitas e diferentes publicitações das demais empresas de vária ordem. O que realmente me leva a escrever este artigo é que me ressalta a curiosidade da forma desordenada ou talvez macabra com que isto é feito.