segunda-feira, 6 de maio de 2013

Atentado à saúde pública e ao ambiente, lixeira de Hulene


Este artigo vem se juntar a outros apelos que tem surgido às autoridades competentes para que olhem para a situação actual da lixeira de Hulene na cidade de Maputo.

Esta lixeira já conta com vários anos de existência, e localiza-se a sete quilómetros do centro da cidade de Maputo e é o único destino para todo o lixo que a cidade produz. A quando da sua construção não se previa que a cidade crescesse tanto e que as famílias fossem se instalar próximo da lixeira, mas o que se verifica hoje é um autêntico caos, onde famílias vivem e convivem literalmente com o lixo.
Esta lixeira constitui um atentado à saúde pública devido a vários aspectos, desde a sua localização geográfica, a incineração do lixo ao ar livre, disposição desordenada do lixo e a falta de fiscalização e controle de camiões que depositam o lixo naquele lugar. 
Aliado a estes aspectos, resultam vários problemas, quer de ordem ambiental e sanitário, dentre os mesmos destacam-se a poluição ambiental que tem a ver com a forma como é realizada a incineração, a massiva proliferação de uma vaga de mosquitos e moscas que por sua vez são responsáveis por doenças endêmicas como a malária e a cólera, a existência de cheiro nauseabundo, a recolha de produtos fora do prazo por parte de algumas pessoas para posterior revenda e por fim a disputa da estrada entre os carros e o lixo.
O facto mais agravante acontece no período nocturno, quando e feita a incineração do lixo, pois este processo provoca um insuportável cheiro que se alastra pelas residências nas zonas circunvizinhas de Hulene e Laulane e desta feita as famílias são obrigadas a recolherem as suas casas e trancarem-se a dentro porque não existe ambiente possível para estar nos seus quintais ou arredores com esta situação, cria-se também algumas dificuldades  a circulação dos carros devido ao fumo que é expelido do interior da lixeira para a estrada.
Tentativas fracassadas já foram incitadas pelos munícipes residentes próximos a lixeira e não só, também por algumas organizações ambientais junto ao município com vista a solicitar o seu enceramento e promessas já foram feitas por parte deste com vista à construção de uma nova lixeira na zona de “Matlhemele” na Matola, mas, nem água vai e nem água vem e desta feita a população continua convivendo com o lixo nas suas barbas e com um perigo eminente a sua saúde.
Quero desta feita, apelar às autoridades do conselho municipal para que tomem esta questão como um assunto de capital importância para todos munícipes, em particular aos que residem próximo da lixeira e olhando com especial atenção a saúde dos mesmos, pois esta lixeira é um perigo grave e agride também ao meio ambiente.
Mais não disse.

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