terça-feira, 29 de março de 2016

VERGONHA: Activistas Angolanos condenados (2 – 8 anos de prisão)

Rede Angola (28.03.2016): Os 17 activistas foram condenados pelos crimes de “actos preparatórios de rebelião e associação de malfeitores”, com penas distintas entre eles que variam de 2 a 8 anos de prisão.

Domingos da Cruz cumprirá 8 anos e seis meses de pena, foi condenado também enquanto líder do associação criminosa. Luaty Beirão cumprirá cinco anos e seis meses, também responde por falsificação de documentos.

Nuno Dala, Sedrick de Carvalho, Nito Alves, Inocêncio de Brito, Laurinda Gouveia, Fernando António Tomás “Nicola”, Afonso Matias “Mbanza Hamza”, Osvaldo Caholo, Arante Kivuvu, Albano Evaristo Bingo -Bingo, Nelson Dibango, Hitler Jessy Chivonde e José Gomes Hata foram condenados 4 anos e seis meses de prisão.

Rosa Conde e Jeremias Benedito condenados a 2 anos e 3 meses de prisão. Todos os activistas vão pagar uma taxa de justiça.

Quer a acusação, quer a defesa já anunciaram que iam recorrer da sentença.


quarta-feira, 23 de março de 2016

Duas razões sobre os atentados terroristas na Bélgica (Bruxelas)


Para quem se interessa um pouco pela política externa ou particularmente por notícias internacionais deverá ter se apercebido que o dia 22 de Março não foi um dia normal para Europa.

Tal como sucedeu na França em Novembro de 2015, dessa vez foi a Bélgica -centro da Europa- a sofrer um dos mais violentos e sangrentos ataques terroristas.

A minha percepção sobre estes fenómenos que assolam a Europa fundamentam-se em duas questões centrais:  

MEDIA

A media (TV, jornais e portais de notícia) funciona como um vector principal para difusão de informação, seja ela boa ou má. Nesse caso concreto encontramos uma media que de forma ampla cobriu os ataques como se de um fim de mundo se tratasse (aqui depois surgem os patriotas da comparação entre Europa e África).

segunda-feira, 21 de março de 2016

Quando a saia vira desculpa para o nosso fracasso!

Depois dos celulares, o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano continua a dar nas vistas e nos últimos dias não se falou em outra coisa a não ser a polémica das ditas "max-saias".

Quando vi a notícia veio-me um espanto porque não conseguia perceber os reais fins para que se adoptou tal decisão.

Percebe-se que nem as pessoas que defendem ou estão contra conseguem trazer argumentos bastantes sobre tal medida porque o assunto está a ter uma gestão deficiente de comunicação por parte do Ministério.

Pela forma como a medida foi anunciada corre o risco de ser mais uma medida “cavalo branco” que não vai resolver os profundos problemas da nossa educação.

sexta-feira, 18 de março de 2016

E depois da árvore...da biblioteca, o que virá? [1 ano sem Cistac]

No dia 17 de Maio vimos o assinalar de um momento coroado de emoção e simbolismo da passagem de um ano após o assassinato do Professor Gilles Cistac [n.d.r 03 de Maio de 2015].

O plantio de uma árvore em sua homenagem e a atribuição do seu nome para a Biblioteca da Faculdade de Direito não podem nos distrair do essencial. Porém, a Universidade está a fazer a sua parte como academia, cabendo os órgãos da justiça fazer a sua.

É bonito homenagear e reconhecer, mas a mim me preocupa a “manobra perceptiva” que isso nos está a criar. Agora ninguém pergunta como está a dita investigação da nossa polícia; quem são os autores, nem quais foram as razões óbvias. Esse pode ser mais um crime que vai morrer solteiro e uma homenagem ou marcha vai abafar tudo.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Lula da Silva...de novo!

No dia 15 de Março a imprensa mundial ficou inundada com a notícia sobre a aceitação do antigo Chefe de Estado brasileiro, Lula da Silva, ao cargo de Ministro da Casa Civil "oferecido" pela sua "comadre" Dilma para fugir da justiça.

Enquanto ainda circulava essa notícia bombástica, o Professor Português, Boaventura de Sousa Santos fez a análise da situação que me fez concluir os seguintes (4) pontos:

1. O Brasil é um exemplo consolidado do poder da justiça, mas a separação com o legislativo e executivo continua minada, pois, politicamente a justiça Brasileira tende a actuar para favorecer as elites dominantes, em desfavor a classe social;

terça-feira, 8 de março de 2016

A resposta chegou...mas a 'guerra' continua!

Continuamos num marasmo político absoluto sem horizonte de retorno da Paz. A resposta da Renamo para o diálogo ao mais alto condiciona a sua efectivação a existência de mediadores.

O que me deixa preocupado em tudo isso é o alongar do sofrimento de milhares de moçambicanos que se encontram privados da liberdade e Paz.

Os transportadores inter-provinciais já não estão a fazer a circulação até zona sul com receio dos ataques no centro do país.

Para um país como o nosso onde o transporte terrestre é que garante a ligação do país o que vivemos agora é extremamente arrepiante. E mais, estamos num país onde o transporte aéreo é um luxo e monopolizado por uma única empresa o que nos deixa reféns das vontades de um grupo.

terça-feira, 1 de março de 2016

Moçambique‬ aos olhos do Afrobarómetro 2016 ‪#‎VoicesAfrica‬

No dia 1 de Março foi lançado, na Cidade de Maputo, o inquérito do Afrobarómetro sobre “Tolerância em África” da 6ª Ronda (2014/2015). O mesmo foi realizado em 33 países Africanos, para uma amostra de 2400 pessoas e com um nível de confiança de 95%.

Este índice é baseado em indicadores onde destaca-se a educação, proximidade e exposição aos meios de comunicação social como os principais catalisadores do aumento da tolerância no continente Africano.

Entre os 33 países, grande maioria dos cidadãos Africanos mostram uma elevada tolerância a pessoas de grupos étnicos diferentes (91%); as pessoas de religiões diferentes (87%), aos imigrantes (81%) e as pessoas portadoras de HIV/SIDA (68%).