quarta-feira, 25 de maio de 2016

Hoje é dia de ÁFRICA

Hoje (25) é dia de África e o lema escolhido é: "2016, ano Africano dos Direitos Humanos", com particular enfoque para às Mulheres.
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Eu fico muito preocupado com alguns lemas que a nossa África vai escolhendo ano após ano, pois os mesmos mostram o contrário daquilo que quase todos os países desse continente fazem.

O lema sobre "Direitos Humanos" é bonito de ser ver, mas passa-me a triste sensação de ser mais um lema em letra morta, pois, não nos faltam relatos de violações sistemáticas desses mesmos direitos por Governos (anti)democraticamente eleitos por nós.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Governo de Moçambique continua a mentir aos moçambicanos?

Depois do escândalo das dívidas, parece que o Governo de Moçambique não aprendeu a ser sério e continua a ludibriar os moçambicanos sobre o actual momento económico que o país vive.

Assim, quero aqui destacar as declarações que ouvimos recentemente do Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, e ontem (17.05.16) por parte da porta-voz do Governo, Ana Comuana.

As duas declarações tem algo em comum: são sarcásticas e enganadoras. Vamos aos factos: (1) o Ministro Maleiane disse que o cidadão moçambicano não vai pagar a dívida porque o Governo não irá aumentar os impostos e (2) Ana Comuana disse que a situação macro-económica está controlada e estabilizada.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Brasil‬: Um golpe de Estado (i)legal?



Quando a câmara dos deputados votou pelo início do "impeachment" da Dilma, escrevi aqui um texto sobre as lições que se podiam tirar deste episódio.
Ninguém podia duvidar que o processo ia mesmo avançar no Senado e que Michel Temer assumiria o cargo. O que quero aqui levantar são três (3) possíveis cenários que se esperam do Brasil pós-Dilma (180 dias).

Dilma deixa o Palácio do Planalto pela porta principal, em um gesto explícito que significa que ela acata, mas não aprova a decisão.

O Brasil, que neste momento deveria andar nas bocas do mundo por acolher os primeiros Jogos Olímpicos da América Latina dentro de três meses, surge perante o resto do mundo como um país tomado pelo caos político:

1. Com Temer na presidência do Brasil não se podem antever grandes mudanças a curto prazo, visto que a forma como chega ao poder (embora legal) criou muitas crispações e não se antevê fácil vida para ele - pressão social e crise económica aguda;

terça-feira, 10 de maio de 2016

Quem deve dar o exemplo pela redução dos gastos públicos?


Com as recentes notícias do elevar da nossa dívida pública (externa), não faltam apelos para que os moçambicanos adoptem uma postura de maior produção (+produtividade) e contenção de gastos.

Eu apoio qualquer medida que vise criar mais riqueza e menos despesas, contudo, não podemos andar aqui a pedir que seja o povo já sofrido a fazer isso, enquanto os nossos dirigentes públicos continuam no luxo.

Não podemos pedir ao funcionário que teve um aumento de 4% para apertar o cinto com os salários de fome, quando o seu chefe continua com subsídios de combustível, de comunicação, de alimentação e ajudas de custo todos os meses.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Liberdade de Imprensa, devemos nos orgulhar?

Hoje (03) o mundo celebra o dia da Liberdade de Imprensa que em palavras simples significa a capacidade de um indivíduo de publicar e dispor de acesso a informação (usualmente na forma de notícia), através de meios de comunicação em massa, sem interferência do Estado.

Embora a liberdade de imprensa seja a ausência da influência estatal, ela pode ser garantida pelo governo através da legislação

Em Moçambique, a liberalização da comunicação social nasceu no início de 1990, no momento em que o país estava a transformar-se num sistema pluralista.

A primeira Constituição multipartidária (1990) artigo 74, consagra a liberdade de imprensa e o direito à informação, conjugada com a lei de imprensa de 1991.

Não tenho resposta se podemos nos orgulhar com a liberdade de imprensa no país, porque exemplos não nos faltam para justificar atropelas a essa mesma liberdade:

1. Num passado recente, vimos o julgamento de um jornalista e académico por estes terem difundido uma opinião em órgãos de comunicação social;