segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

A noite dos ‪#‎OscarsSoWhite‬...e de Leonardo DiCarpio

Finalmente, decorreu a gala [28.02] dos Óscares (brancos) para o ano 2016. Esta foi uma noite de filmes baseados em casos reais, mas a realidade racial do país que filmam não estava nomeada e, em parte, não estava sequer na sala. Este foi o ano em que um hashtag #OscarsSoWhite engoliu os Óscares. A cerimónia tornou-se o símbolo de um país tenso. De Beyoncé aos Black Panthers, de Trayvon Martin ao Twitter onde o boicote foi notório.

Este foi o terceiro ano desde 1998 que não houve actores não-brancos na corrida. E em 88 anos de Óscares, dessas 1663 nomeações, 99 foram para minorias étnicas - 16% das nomeações, situação fortemente melhorada nos últimos 30 anos, mas ainda assim recheada de estereótipos e limitações.


Só há uma mulher realizadora com Óscar, só uma negra (e nenhuma latina, asiática ou de outra etnia) foi a Melhor Actriz - ambas nos últimos 15 anos. Nos EUA, a população é maioritariamente branca, sendo os afro-americanos (13,2%) o segundo maior grupo racial e os hispânicos e os latinos (17,1%).

O debate em torno da “diversidade” que arde desde 14 de Janeiro, dia em que o Óscar nomeou mais branco, é sobretudo uma polémica sobre o que é ser negro na América. Debate-se oportunidade, privilégio, algumas vezes género, sexualidade ou outros quadrantes, mas é sobre negritude que se fala. 

Resumo:
Melhor Filme: "Spotlight Movie"
Melhor Director: Alejandro González Iñárritu
Melhor Actor: Leonardo DiCaprio
Melhor Actriz: Brie Larson
Melhor filme de Língua não inglesa: Saul fia (Hungria)

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