Parece mentira, mas é verdade. Se eu não tivesse lido não ia acreditar se me contassem. O facto é que no dia 4 de Janeiro ficamos a saber através do portal "Further Africa" que o nosso Ministro fora distinguido com outros quadros do planeta como um dos melhores em assuntos de finanças pela revista inglesa "The Banker".
O portal traz os ''seus critérios'' e dá destaque para as medidas tomadas com vista a conter a inflação e regular a disciplina económica em 205. Mas, todos sabemos que o que o país teve de pior em 2015 foi mesmo a economia.
O portal traz os ''seus critérios'' e dá destaque para as medidas tomadas com vista a conter a inflação e regular a disciplina económica em 205. Mas, todos sabemos que o que o país teve de pior em 2015 foi mesmo a economia.
Sabemos ainda que esses prémios não passam de "graxa" no sapato do nosso governo, ou seja, do nosso Ministro. Não vejo critérios consistentes que pudessem concorrer para atribuir esse prémio a um ministro que (sem ter um ano no governo) encontrou a economia do país no "lixo" e teve que remar contra maré, depois do governo anterior ter saqueado os cofres do Estado.
Em 2015: o custo de vida deteriorou-se; o preço dos principais bens alimentícios disparou; o preço da água subiu; o preço da energia subiu; o preço do combustível a nível internacional desceu, mas, em Moçambique nada mudou; o Metical conheceu uma derrapagem de roçar o céu; o preço do chapa vai subir em 2016.
Que fique claro aqui que tenho toda a admiração e respeito pelo ministro Maleiane, para mim é um dos melhores nesse governo, mas, não me passa pela cabeça como em menos de um ano e pelo seu desempenho não muito católico venha merecer este prémio. E mais, não vamos aqui a apelar a emoção para dizer que não podemos questionar estes assuntos, não há nada aqui de falta de auto-estima.
A história mostra que para a condecoração em Moçambique ou em África, não depende de mérito em função dos feitos que o indivíduo teve para melhoria das condições de vida da sociedade, ou da comunidade em que este está inserido.
As condecorações têm servido para desviar a opinião pública em função das decisões políticas e económicas erradas que os governos africanos na sua maior têm tomado.
A história mostra que para a condecoração em Moçambique ou em África, não depende de mérito em função dos feitos que o indivíduo teve para melhoria das condições de vida da sociedade, ou da comunidade em que este está inserido.
As condecorações têm servido para desviar a opinião pública em função das decisões políticas e económicas erradas que os governos africanos na sua maior têm tomado.
De igual forma que desconfio de outros prémios (melhor governador de um banco central de África), eu olho para isto como um dos efeitos do empréstimo de FMI ao país e de mais uma manobra para distrair a nossa economia com prémios fantoches.
Mas, afinal o que é o "Further Africa"?
É um portal criado para colher informação e pontos de vista sobre vários assuntos de África, com particular atenção para Moçambique em questões ecocómicas e outros aspectos a si ligados.
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