terça-feira, 26 de abril de 2016

Marcha, qual marcha?

Ontem (25), a PRM veio a público dizer que vai reprimir qualquer marcha ilegal, em alusão a mensagens anónimas que circulam nas redes socais convocando uma manifestação contra a recente descoberta de avultadas dívidas secretamente contraídas pelo Estado.

Porta-voz da PRM: "A Polícia encontra-se a trabalhar e está pronta para reprimir qualquer marcha ilegal que possa pôr em causa a ordem pública."

Há duas notas que tiro destas declarações:

1. Por um lado, sou das pessoas que defende qualquer tipo de manifestação, desde que esta seja previamente anunciada, com itinerário definido e que se conheçam os seus promotores, pois, já vimos no passado recente que quando as coisas são feitas dessa forma dão sempre espaço para o roubo e violência gratuita. Dito isto, a polícia pode ter a sua razão.

2. Por outro, surpreende-me o facto de a polícia ser combativa e pronta quando a questão é promoção de manifestação, mesmo que a actual pretensão seja estranha e sem rostos. A PRM não pode só aparecer aqui para mostrar seus dentes e força contra os cidadãos. E mais, deve a polícia lembrar que uma manifestação não se pede autorização, comunica-se. Quantas coisas a polícia não faz e que deixam o país inseguro todos os dias?

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