quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Vale a pena expandir o Ensino Superior em Moçambique?

Eu não estudei isso na Escola, por isso, não tenho emprego...!

Essa foi uma das frases que começou por ser "desacreditada" pelo Prof. Dr. Orlando Quilambo (Magnifico Reitor da UEM) que falou no dia 18 de Novembro, na Universidade 'A Politécnica', sobre "A necessidade da Expansão do Ensino Superior e a Empregabilidade dos Graduados", inserido na comemoração dos 40 anos da nossa Independência Nacional.

Desta magnífica aula pude (ainda) reter o seguinte:

1. Sub-emprego é realizar um trabalho que em nada tem ver com a formação do indivíduo, ou seja, ser formado em Biologia e exercer funções de contabilista após a formação;

2. A África Sub-sahariana apresenta os piores indicadores de acesso ao Ensino Superior no mundo com apenas 7% de matriculados;

3. Comparando com as actuais condições e infra-estruturas, há muita gente a entrar nas nossas Universidades, mas, muito pouco para aqueles que procuram esse serviço;

4. Enquanto outros (Europa e Ásia) massificam o Ensino Superior para promover a democratização do Ensino, aqui (África) massificamos porque há muitos alunos a sair do ensino primário e secundários;

5. Muitas Instituições de Ensino Superior em África produzem mais diplomas do que conhecimento;

6. A massificação pode ser positiva, mas, é preciso que existam condições de infra-estruturas, recursos humanos e financeiros.

7. A massificação do Ensino Superior em Moçambique não foi planificada, e o ideal seria parar e reflectir para saber qual é o sentido a tomar;

8. Não há relação directa entre ensino de habilidades na Universidade e empregabilidade.

Se tiver reparado constatou que eu não respondi a sua questão, cabendo a cada um de nós conhecendo a realidade do país responder.

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