segunda-feira, 11 de julho de 2016

Severino Ngoenha: Pensar Moçambique (2016)

O resumo que a seguir apresento é fruto da intervenção do académico Severino Ngoenha na Conferência "Pensar Moçambique" organizada pelo Parlamento Juvenil de Moçambique sob o lema “Juventude e a Agenda da Paz”, decorrida no dia 5 de Julho, na Cidade de Maputo:

  • Não pode existir uma comunidade, não pode existir uma Nação, não pode existir um País se os bens que esse País produz, se os bens que esse País tem não são partilhados por todos. A não partilha de bens, quer dizer a existência de uma sociedade desigual, a existência de uma sociedade em que poucos têm muito e muitos têm quase nada leva necessariamente à conflitos, leva necessariamente à violência;

  • Na juventude moderna há tendência de existirem dois extremos “problemáticos” os conformistas e os criticistas: Conformismo - aquele grupo de pessoas, ou de jovens, que se engajam na vida política, na vida social, na vida académica simplesmente para obter do posicionamento que a pertença a um desses grupos lhe dá mordomias, posicionamento, visibilidade e Criticistas - aqueles que não entram em partidos ou em grupos de reflexão para trazer ideias e participar na modificação radical da situação do nosso País mas que entram para fazer uma espécie de carreira política;

  • A maior parte daqueles aderem e entram a pertencer as forças políticas, aos organismos sociais são mais motivados por uma carreira pessoal que por um interesse ligado ao bem comum;

  • O ponto de partida são as catástrofes que nós vivemos no quotidiano, temos que nos interrogar como e porque chegamos a situação que nós estamos e existem uma série de porquês;

  • Os conflitos numa sociedade são necessários e são salutares porque eles marcam e demonstram as diferenças na compreensão da vida social;

  • Não pode existir uma comunidade, não pode existir uma nação, não pode existir um País se os bens que esse País produz, que se os bens que esse País tem não são partilhados por todos. A não partilha de bens, quer dizer a existência de uma sociedade desigual, a existência de uma sociedade em que poucos têm muito e muitos têm quase nada leva necessariamente à conflitos, leva necessariamente à violência;

  • Uma sociedade que quer viver em paz é uma sociedade que faz o esforço para recordar-se sempre que ela é composta por todos os seus cidadãos, e que esses cidadãos não têm todos as mesmas capacidades mas têm todos os mesmos direitos;

  • Uma política que não consegue diminuir as discrepâncias sociais é uma política que leva a conflitos, a violência, as confrontações que podem ser de origem militar;

  • O grande desafio que nós temos não é atirar pedras contra aqueles que nos governam, esses são os governantes que nós temos, este é o Parlamento que nós temos, este é o Governo que nós temos, esta é a situação do País que nós temos, se não estamos de acordo com as coisas que fazem nós temos que demonstra-lo com o nosso empenho, com o nosso trabalho, a nossa dedicação, a nossa vontade, a nossa determinação.

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