quinta-feira, 1 de junho de 2017

O que é Internet das Coisas?

Você já deve ter ouvido falar de Internet das Coisas. Pode ter certeza: você ouvirá muito mais. 

O termo descreve um cenário em que numerosos objectos do seu dia a dia estarão conectados à Internet e se comunicando mutuamente. Mas o que exactamente isso quer dizer? Essa conectividade toda é necessária? Como tantos objectos distintos estarão conectados? Qual a importância disso para o nosso quotidiano? Você encontrará as respostas para essas e outras perguntas se continuar a ler este texto.


A Internet das Coisas — ou Internet of Things (IoT)

Internet das Coisas é uma tradução literal da expressão em inglês Internet of Things (IoT). Em português, o nome mais adequado poderia ser algo como “Internet em Todas as Coisas”, mas, no fundo, isso não tem importância: o que vale mesmo é entender e usufruir da ideia. Para tanto, faça um rápido exercício: tente se lembrar dos objetos que você usa para se conectar à internet. Smartphone, tablet, notebook, desktop. Você utiliza pelo menos um desses dispositivos, certo?

Mas há outros equipamentos que se conectam à internet para realizar actividades específicas. Quer um exemplo? Câmeras de segurança que, por estarem on-line, permitem que uma pessoa monitore a sua casa à distância ou vigie a sua loja quando o estabelecimento está fechado.

Agora imagine um cenário em que, além da sua TV, vários objectos da sua casa se conectam à Internet: geleira, máquina de lavar, forno de micro-ondas, sistema de som, lâmpadas, enfim. A ideia não é, necessariamente, fazer com que você tenha mais um meio para se conectar à Internet. Pense, por exemplo, no quão impraticável deve ser acessar um portal de notícias em uma tela acoplada à porta da sua geladeira. Não é uma função que a gente espera desse electrodoméstico.

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A proposta é outra: a conectividade serve para que os objectos possam ficar mais eficientes ou receber atributos complementares. Nesse sentido, a tal da geleira com Internet poderia te avisar quando um alimento está perto de acabar e, ao mesmo tempo, pesquisar na Internet quais mercados oferecem os melhores preços para aquele item.

Também serve para escritórios, hospitais, fábricas, ruas e mais

É possível que, pelo menos actualmente, você não tenha muito interesse em ter uma casa amplamente conectada. Sob esse ponto de vista, a Internet das Coisas pode não parecer lá muito relevante. Mas é um erro pensar que o conceito serve apenas para o lar: há aplicações não ligadas ao ambiente doméstico em que o conceito pode trazer ganho de produtividade ou diminuir custos de produção, só para dar alguns exemplos. Vamos a outros mais detalhados:

Hospitais e clínicas: pacientes podem utilizar dispositivos conectados que medem batimentos cardíacos ou pressão sanguínea, por exemplo, e os dados colectados serem enviados em tempo real para o sistema que controla os exames;

Agropecuária: sensores espalhados em plantações podem dar informações bastante precisas sobre temperatura, unidade do solo, probabilidade de chuvas, velocidade do vento e outras informações essenciais para o bom rendimento do plantio. De igual forma, sensores conectados aos animais conseguem ajudar no controle do gado: um chip colocado na orelha do boi pode fazer o rastreamento do animal, informar seu histórico de vacinas e assim por diante;

Fábricas: a Internet das Coisas pode ajudar a medir em tempo real a produtividade de máquinas ou indicar quais sectores da planta precisam de mais equipamentos ou suprimentos;

Lojas: prateleiras inteligentes podem informar em tempo real quando determinado item está começando a faltar, qual produto está tendo menos saída (exigindo medidas como reposicionamento ou criação de promoções) ou em quais horários determinados itens vendem mais (ajudando na elaboração de estratégias de vendas);

Transporte público: usuários podem saber pelo smartphone ou em telas instaladas nos pontos qual a localização de determinado autocarro. Os sensores também podem ajudar a empresa a descobrir que um veículo apresenta defeitos mecânicos, assim como saber como está o cumprimento de horários, o que indica a necessidade ou não de reforçar a frota;

Logística: dados de sensores instalados em camiões, contentores e até caixas individuais combinados com informações do trânsito, por exemplo, podem ajudar uma empresa de logística a definir as melhores rotas, escolher os camiões mais adequados para determinada área, quais encomendas distribuir entre a frota activa e assim por diante;

Serviços públicos: sensores em lixeiras podem ajudar a prefeitura a optimizar a colecta de lixo; já carros podem se conectar a uma central de monitoria de trânsito para obter a melhor rota para aquele momento, assim como para ajudar o departamento de controle de tráfego a saber quais vias da cidade estão mais movimentadas naquele instante.

Internet das Coisas: exemplos reais
Nest

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A Nest talvez seja o exemplo mais difundido de um ecossistema de Internet das Coisas. Criada em 2010, a empresa desenvolve dispositivos inteligentes para casas e escritórios. Os produtos que trouxeram grande visibilidade à companhia são termostatos e detectores de fumaça que se integram a smartphones por meio de aplicativos específicos. O termostato ajusta a temperatura do local automaticamente e pode, por exemplo, aprender os horários que o usuário costuma sair e chegar em casa para fazer adequações condizentes com essa rotina.

Philips Lighting

Outro exemplo bastante difundido é o da Philips. A companhia possui uma divisão que desenvolve lâmpadas LED inteligentes. Chamadas de Hue, essas lâmpadas podem ser configuradas pelo smartphone para mudar a intensidade e as cores da iluminação para deixar o ambiente mais confortável para cada situação.

FitBit

A FitBit é uma companhia que produz dispositivos voltados para saúde e monitoria de actividades físicas, como balanças, pulseiras e relógios inteligentes. Os dados obtidos por esses dispositivos (batimentos cardíacos, distância percorrida, quantidade de passos, entre outros) são sincronizados com o smartphone e podem ser partilhados nas redes sociais.

Referências:
  1. Info Wester – O que é internet das coisas? | Disponível aqui
  2. Greengard, Samuel. The Internet of Things

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