Desde que o novo Governador do Banco de Moçambique foi nomeado, há
revelações de uma podridão nos nossos bancos comerciais que se nos
guiássemos pelos relatórios de contas publicados no Jornal Notícias
diríamos que é mentira.
Para mim isto é revelador de algumas coisas que na verdade mais dia ou menos dia iriam suceder, com ou sem o actual Governador.
Podemos
questionar, será que: (1) as contas desses Bancos nunca foram aquelas
que sempre eram apresentadas ao público?; (2) os relatórios e balanços
feitos por empresas de renome eram falaciosos?; (3) havia por detrás
desses bancos esquemas fraudulentos?; (4) os estudos sobre a Banca
(>/< banco) são feitos por encomenda e andam (todos) viciados? ou
(5) será que o Banco Central está a ser muito rígido nas suas regras?
Contudo, o que mais me deixa atónito é ver que dos bancos até ao
momento visados, todos possuem as suas bases num capital genuinamente
moçambicano. Quer isto dizer que como moçambicanos não possuímos
capacidade de gestão bancária?
Gostava de acreditar que o caso do Nosso Banco fosse o último, mas
algo me diz que em Moçambique os bancos comerciais ainda vão se contar
aos dedos. Em toda essa hecatombe bancária, fica uma questão: quem realmente protege os clientes (depositantes) desses bancos?
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