Há
muitas datas que pelo momento difícil que tendem a perder alguma
notoriedade. Todos os dias as capas dos jornais e os telejornais só dão
destaque a crise político-militar e económica. Na verdade, a teoria
sobre crises explica isso, em momento de convulsão social o destaque que
a media dá a alguns eventos ofusca o que pode se chamar de
''essencial''.
É
bom para o nosso país comemorar 25 anos daquele que é um dos principais
instrumentos legais deste país depois da Constituição da República. A
Lei de Imprensa permitiu, entre outras coisas, alargar o nosso campo de
intervenção e liberdade de expressão usando vários meios de comunicação
para o efeito. Um ganho não da pertença dos jornalistas, mas de toda uma
sociedade.
Porém,
no mesmo dia, não faltam motivos para “chorar” quanto ao tipo de
jornalismo que hoje nos é apresentado pelos vários jornais e televisões
deste país, um espaço em que o interesse público é dominado pelos
privados e onde a linguagem obscena ganhou espaço e a vida privada pouco
importa.
Ademais,
o preço que os moçambicanos pagam para ter acesso a um jornal
(semanário) é totalmente proibitivo. Usando a máxima: “Informação é
poder”, posso concluir, sem sombra de dúvidas, que o grosso da população
moçambicana não tem poder.
Passando
pelo preço, encontramos os “jornalistas das capas”, aqueles que usam o
poder de ser editores para promover banalidades que nada são dignas de
ser chamadas de "notícia" e a isso junta-se a derrapagem do jornalismo
investigativo em Moçambique, com jornalistas que pouco investigam e dão
seguimento as suas notícias.
25 anos é idade suficiente para ganhar maturidade!
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