Celebrado pela primeira vez em 2015, o dia foi proclamado pela ONU, para divulgar informação sobre o albinismo e para evitar a discriminação aos albinos, combatendo ao mesmo tempo a sua perseguição. Celebrar as conquistas das pessoas com albinismo é outro objectivo desta data.
O que é e o que causa o albinismo?
O albinismo é uma condição de natureza genética que leva a uma cor de pele, de pelos e de olhos muita clara. Devido a factores genéticos (aos genes recessivos dos pais), no albinismo ocorre a ausência total de pigmentação na pele, sistema piloso e íris. O albinismo não é considerado uma doença, mas podem surgir problemas na visão e haver mais risco de cancro da pele nos albinos.
Cerca de uma em 18 mil pessoas no mundo tem um tipo de albinismo. O albinismo pode afectar pessoas de todas as raças. Contudo, em África o albinismo é mais frequente e problemático. Dados da ONU mencionam que centenas de pessoas com albinismo, na sua maioria crianças, foram atacadas, mutiladas ou mortas em pelo menos 25 países africanos.
Na Tanzânia, onde existe um albino em cada 1.400 Tanzanianos, vários albinos são raptados, feridos ou mortos por feiticeiros e curandeiros, dada a crença de que os seus órgãos possuem poderes mágicos, sendo vendidos em rituais.
Em Moçambique, ser albino é sinónimo de mito e todos têm um para contar, como o de que "eles não são enterrados, porque desaparecem" ou "a grávida que encontrar um albino vai ter um bebé albino". O momento mais triste teve o seu auge durante o ano de 2015, onde mais de 150 albinos foram dados como desaparecidos nas regiões Centro e Norte. Esses são números que continuam a crescer em pleno 2016.
Em meio a tanta luta congratulo às autoridades de justiça moçambicana que de forma exemplar já levaram ao julgamento dois casos de crime contra os albinos e que tiveram sentenças dignas. Mas, a luta não deve parar e que a vitória cresça devagar. Precisamos lutar sempre e mostrar ao mundo que o albinismo não é sinónimo de nenhum poder mágico, não é nenhuma doença e não é contagioso.
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