Segundo o dicionário Aulete, um feriado pode ser entendido como dia ou período em que se suspende o trabalho, os estudos ou as actividades, e este pode ser comemorado por uma nação, comunidade, religião, grupo étnico ou classe trabalhista.
É do conhecimento de todos que o nosso país é brindado por inúmeros feriados ao longo dos 12 meses que constituem o ano, desde feriados de âmbito nacional ligados a questões históricas e não só, e feriados de âmbito internacional ligados a lutas em prol de defesa ou gozo de um direito ou mesmo de uma causa. No nosso calendário destacam-se feriados em quase todos os meses.
Porém,
a dimensão de feriado que se construiu actualmente na nossa sociedade e
em particular no seio da juventude tem sido numa visão “diversionista”
do dia. Isto é, a noção de feriado por parte da juventude já não é vista
na essência histórica ou emblemática que o dia carrega, mas sim na sua
vertente de passagem de mais um dia de merecido descanso, diversão ou de
“txiling” principalmente
quando este vêm a calhar numa sexta-feira considerando-se dessa maneira
um final de semana longo ou por outras quando em casos mais extremos
calha num domingo.
Não
quero em nenhum momento defender a ideia de que os feriados não podem
ter essa dimensão “diversionista” do dia, mas mais do que essa dimensão,
os feriados são concebidos porque carregam consigo um significado que
deve ser lembrado e comemorado naquele dia, mas sem nunca esquecer o seu
valor cultural e histórico, porque caso isto aconteça, acompanhamos
casos de jovens que são questionados sobre o significado de algumas
datas importantes para a história do país e não sabem dar o seu real
sentido.
A
questão sobre o significado dos feriados deve ser encarada como uma das
vertentes de cultura geral que deve ser incutida desta a tenra idade,
desde o ensino primário, mas também no seio da família.
Quero
em última análise, chamar a atenção à juventude para que não embale
somente na diversão de mais um feriado, mas sim no real significado
daquele feriado valorizando desta feita a memória histórica das datas.
Mais não disse!
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