Desde
a última sexta-feira (13) que se deram os ataques de Paris, muita
informação começou a surgir na media, com destaque para os medias
sociais (Facebook e Twitter).
Contudo,
no lugar de se discutir os ataques em si, emergiu um novo debate sobre
os “mais” e “menos” solidários com os atentados de Paris. Ou seja,
começaram a surgir os "falsos moralistas" e "nacionalistas - patriotas da ocasião", o
que em certa medida ecoou um chamariz ao racismo.
Onde,
os primeiros são aqueles que se solidarizam com a luta contra o
terrorismo e com o actual caso de Paris e os outros que só olham para os
seus umbigos e começam a defender Moçambique/África com discursos de
que sempre apoiaram as causas nacionais e continentais, ao contrário dos
outros. Mas, o engraçado é que fazem-no somente quando se deparam com
este caso em particular.
Eu
penso que em momentos como estes não adianta comparar quem é mais
solidário que o outro, muito menos trazer exemplos de Moçambique, Kenya,
Nigéria ou Beirute, pois, não haverá consenso sobre quem é mais
importante quando a questão é central é a vida humana.
A discussão sobre 'patriotismo e nacionalismo' sempre trouxe debates apaixonados, uns querem mostrar que são mais solidários que os outros colocando a foto da bandeira Francesa no perfil através de uma aplicação do Facebook e outros querem mostrar que são mais patrióticos e Africanos que os outros partilhando fotos de Nigéria e Kenya, etc.
O The New York Times publicou um artigo sobre o sentimento desigual de tratamento dos casos em comparação com Paris. Num mundo capitalista e globalizado existirão sempre essas divergências - os que mandam e os que obedecem - os mas importantes que outros, mas, o que devemos saber é que a vida não tem preço, muito menos ordem de importância - devemos fazer a nossa parte, seja por África, Europa, Ásia ou seja quem for.
Prefiro terminar com a frase: “Je suis le monde.”
Sem comentários:
Enviar um comentário